No passado mês de Março foi inaugurado na Noruega, na cidade de Brumunddal, a 150 quilômetros de Oslo, aquele que é actualmente o maior arranha-céus de madeira do mundo. Apelidado de Mjøstårnet, o edifício tem 18 andares e abriga um hotel, apartamentos, escritórios, um restaurante e áreas comuns.
Para Arthur Buchardt – o investidor norueguês que está por detrás deste projecto – e para a empresa Moelven que construíu o edfificio, a utilização da madeira na construção representa um investimento na criação de alternativas sustentáveis para o futuro do Planeta: “É um recurso renovável que pode ser reutilizado e reciclado, e o seu uso contribui para combater o efeito estufa. Também contribui para um clima interno saudável pois regula a humidade e a temperatura, tem boas propriedades acústicas e isolantes e também pode ajudar a reduzir o stress”.
Edifício Mjøstårnet
o Mjøstårnet não é um exemplo isolado. No Canadá, o edificio Brock Commons, uma residência de estudantes da Universidade da Colúmbia Britânica, em Vancouver, é um outro exemplo de uma estrutura de 18 andares que usa a madeira como alternativa ao cimento. E, entretanto, anunciam-se vários projectos semelhantes. Tóquio projecta construír o edifício W350, que terá 350 metros de altura e 70 andares. Em Viena, na Áustria, está em construção o HoHo, um imóvel com 24 andares. E na Suécia, o atelier de arquitectura Wingardhs e a empresa de construção Folkhem projectam a construção de vários arranha-céus em madeira (imagem do topo da página).
De acordo com um estudo da organização sem fins lucrativos Chatham House, “são produzidos anualmente 4 biliões de toneladas de cimento os quais são responáveis por 8% das emissões globais de CO2”. Se a indústria de cimento fosse um país, seria o terceiro mais poluente do Planeta logo a seguir à China e aos EUA.