Arquitecto Angelo Renna propõe ilha artificial para defender biodiversidade no Mediterrâneo
O chamado Santuário de Pelagos é a maior área marinha protegida no mar Mediterrâneo tendo sido criada para proteger a extraordinária biodiversidade existente na zona e, em especial, a sua população de cetáceos.Para além disso, a região abrangida pelo Santuário é também fundamental para os milhares de aves que na sua migração para o sul procuram aí alimento.
O Pelagos Sanctuary for Mediterranean Marine Mammals, criado em 2002, tem levado a cabo uma importante acção na preservação das espécies aí existentes (algumas, como a baleia-fin, em vias de extinção) mas também na denúncia do impacto dos resíduos plásticos na contaminação das águas abrangidas pelo Santuário. Sublinhe-se que o mar Mediterrâneo é considerada a sexta região do mundo onde é mais alta a acumulação de detritos plásticos no planeta, com uma estimativa de entre 1000 e 3000 toneladas de plástico – e uma média de 115.000 partículas de micro plásticos por km2 – flutuando nas superfícies das suas águas.
Foi tendo em mente este contexto que o arquitecto italiano Angelo Renna desenvolveu o projecto de criação de uma ilha artificial que pode funcionar, simultaneamente, como um habitat natural para as diferentes espécies e também como um colector de micro-plásticos contribuindo assim para mitigar o seu efeito destrutivo.
Designado “Sweep Island Project pelagos”, a equipa do projecto envolve biólogos marinhos, designers e arquitectos e o projecto pretende lançar mão das tecnologias mais sofisticadas actualmente sofistificadas.
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