É já no próximo dia 20 de Abril que vai ter lugar em Londres o “Africa Tech Summit”. O evento, que irá juntar mais de 200 participantes – investidores, empreendedores, governos e media – pretende intensificar as relações e o intercâmbio entre África e a Europa.

Organizado pela Appsafrica, com o apoio da Linklaters LLP, a International Finance Corporation (IFC) e a Vconnect, o “Africa Tech Summit” contará com a presença de 30 oradores de empresas como a Etisalat Nigeria, a Safaricom Spark Fund, a Orange, o EcoBank, a Draper Dark Flow, a BitPesa, e a VC4Africa. Os temas em debate centram-se nas oportunidades de investimento em sectores como as tecnologias móveis, media e fintech (aplicações tecnológicas para a área financeira).

 

 

Este evento surge num momento em que acaba de ser publicado o mais recente relatório da Startup Genome – o “Global Startup Ecosystem Report 2017” – no qual a cidade de Lagos (Nigéria) é avaliada como a detentora do “ecosistema” mais valioso (2 biliões de dólares) para o desenvolvimento de startups tecnológicas (ultrapassando Joanesburgo e Cidade do Cabo) no continente africano. Lagos é também a que oferece melhores condições de financiamento inicial ao desenvolvimento de startups.

No entanto, estes dados tem de ser lidos com alguma prudência pois nalguns dos parametros considerados verifica-se que, como é o caso, por exemplo, do nível de remuneração dos engenheiros de software, a oferta em Lagos é consideravelmente mais baixa do que nas duas cidades sul-africanas. Um outro elemento de ponderação a ter na leitura deste relatório reside no facto (algo inexplicável) de que o capítulo dedicado ao continente africano não incluir uma análise relativa a Nairobi (Quénia) cidade que é considerada outros dos grandes pólos de inovação em África.