África do Sul entre os países com maior potencial para desenvolvimento de energia eólica offshore
Brasil, Índia, Marrocos, Filipinas, África do Sul, Sri Lanka, Turquia e Vietname estão entre os países com mais potencial para a produção de energia eólica offshore de acordo com um estudo levado a cabo pelo ESMAP (Energy Sector Management Assistance Program) e o IFC (International Finance Corporation), instituições ligadas ao Banco Mundial.
Intitulado “Going Global: Expanding Offshore Wind To Emerging Markets”, o estudo considera que esses países têm um potencial eólico offshore de 3,1 terawatts, ou seja, cerca de três vezes superior à capacidade de geração de electricidade instalada em todos os países da União Europeia no seu conjunto. A produção de energia eólica offshore – que usa turbinas fixas ou flutuantes instaladas no mar – tem vindo a ganhar destaque, em anos recentes, como um dos sectores com maior potencial de crescimento sobretudo nos mercados emergente do Sul.
A Europa continua a estar na vanguarda desta indústria desde que o primeiro parque eólico offshore foi instalado em 1991, em Vindeby, no leste da Dinamarca. Ao longo dos anos 2000, os parques eólicos offshore começaram a expandir-se sobretudo no Mar do Norte, no Mar da Irlanda e no Mar Báltico, regiões de ventos fortes. A maior indústria eólica offshore do mundo —e com os custos mais baixos— é a do Reino Unido, com uma capacidade acumulada de 8,5 GW. Globalmente, o sector cresceu quase cinco vezes desde 2011, com 23 GW instalados no fim de 2018. Mas, apesar da expansão, as turbinas marítimas permanecem ainda instaladas sobretudo na Europa e na China.
Até muito recentemente, a produção de energia eólica offshore era bastante mais cara do que a que era produzida em terra. No entanto, e em particular a partir de 2106, devido a uma série de factores, como melhoramentos substancias em termos de desempenho tecnológico, os custos começaram a baixar e a energia eólica offshore passou a ser alvo de interesse em países emergentes, especialmente no Brasil o qual,com os seus 8 mil quilómetros de costa, se tem mostrado especialmente activo no desenvolvimento de projectos offshore. De acordo com o estudo, nos países acima referidos, a capacidade instalada offshore deverá aumentar entre 7 e 11 gigawatts (GW) por ano até 2024, alcançando entre 15 e 21 GW/ano de 2025 a 2030.