Com milhões de pessoas em todo o mundo forçadas ao “isolamento social”, tanto os meios de comunicação tradicionais como as novas plataformas tecnológicas e as redes sociais adquiriram uma importância vital na disseminação de informação credível para que cada um, individualmente, se possa proteger contra o coronavirus e, todos, colectivamente, possam contribuir para a defesa da saúde pública.
No entanto, na era da “pós-verdade”, marcada pela proliferação de notícias falsas, “factos alternativos” e teorias conspiratórias – que encontram, sobretudo nas redes sociais o espaço ideal para a sua propagação – este é um desafio sem precedentes e o combate à desinformação tem-se revelado paticularmente difícil dadas as características específicas que definem o actual ecossistema mediático.
Para complicar ainda mais a situação, é hoje claro que existem actores – sejam países como a Rússia e a China ou grupos e activistas ligados a movimentos de extrema-direita – que estão a disseminar desinformação com o objectivo de ampliar o caos e fazer avançar a sua agenda política.
Para combater a actual situação, várias plataformas tecnológicas – Facebook, Google, Microsoft, Twitter, Reddit, YouTube e LinkedIn – decidiram unir esforços para contrariar a proliferação de noticias falsas. O Facebook anunciou, também, que vai criar um mecanismo de identificação e alerta para estas informações que irá aparecer nas páginas dos seus utilizadores. E o WhatsApp vai apoiar com 1 milhão de dólares a International Fact-Checking Network.
Mas o combate à desinformação deve envolver hoje todos, cidadãos e profissionais da informação. Existem múltiplas maneiras de saber como detectar e denunciar as noticias falsas e que estão disponíveis para consulta online (ver aqui). E para todos os que participam profissionalmente no ecossistema mediático há regras que não podem ser esquecidas e ferramentas que podem ser utilizadas (ver, por exemplo, “10 recomendações para lidar com a desinformação“)