Uma nova publicação online – “A Nasty Boy” – tem vindo a suscitar grande agitação nos meios culturais (e não só) na Nigéria.

Pela sua linguagem crua e explícita, imagens provocadoras e design arrojado, “A Nasty Boy” é um projecto editorial que pretende romper com o status quo num país que, na opinião de Richard Akuson, seu fundador, continua a ser, do ponto de vista social e cultural, profundamente conservador e onde “ser diferente” tem ainda um custo alto em termos pessoais.

 

 

Em entrevista à CNN, Richard Akuson sublinha que a revista pretende ser uma plataforma para todos aqueles que se “sentem” diferentes e procuram um espaço onde essa “diferença” se possa exprimir livremente.

O conteúdo da “A Nasty Boy” testemunha essa vontade de romper com os preconceitos, os “clichés” e, em particular, o “medo” que impera na sociedade e impede, muitas vezes, a manifestação pública dessas “diferenças”.

 

 

Esse medo reflecte-se, aliás, na forma como a revista tem sido acolhida. Richard Akuson conta que, embora a audiência tenha vindo progressivamente a aumentar, muitas pessoas evitam deixar comentários sobre os artigos e os portfólios fotográficos (sobre música, moda, etc.) mas depois lhe enviam sms ou telefonam para manifestar o entusiasmo pelo projecto.